terça-feira, 28 de agosto de 2012

Dou conta de mim #

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Eu me basto. Ou melhor, eu preciso me bastar. Não vou reclamar de decepções, tiveram poucas e as que tiveram perdoei, acho que na verdade eu quem tenho mérito nisso também, inclusive algumas decepções são comigo mesma, mania de errar com quem não merece, sabe? Mas em uma coisa eu posso dizer que faço bem: esperar. Não é drama e nem exagero como alguns podem pensar ao ler. Gosto de ficar na minha, escutando as minhas músicas ou lendo um bom livro. Gosto do meu canto, de sentir-me livre com os meus pensamentos, é, sou meia que viciada em deixar a minha imaginação criar, apagar, desenhar, redesenhar. Vejo tanta gente por ai que não consegue passar uma semana sem se envolver com alguém, sem fantasiar uma paixão que não dura o caramba de uma semana, no máximo. Sinto pena. Eu pelo menos amei, amei de verdade alguém. Sem metáfora ou história. Eu amei. Eu aprendi a dar conta sozinha, a dar conta de uma falta absurda que sinto de vez em sempre, eu aprendi sozinha, com um belo sorriso no rosto e piadas guardadas. Eu aprendi a guardar as partes ruins num quartinho sem conforto e deixar as partes boas no melhor lugar da casa. Eu dei conta de mim. Eu passei a precisar de mim. Eu me basto. Mas há quem diga que isso não dura muito tempo.

Lany 

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